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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cronologia completa do Universo Winepunk

Aqui fica a cronologia completa (incluindo a do post anterior) do Universo Winepunk. Os eventos indicados devem ser respeitados nos contos submetidos.



1918:
Abril, 9-10   – Batalha de LaLys, onde o Corpo Expedicionário Português sofre pesadas baixas.
Agosto, 31 – Morre Dom António José de Sousa Barroso, Bispo do Porto, exilado por afrontar a República.
Novembro, 11 – Armistício da I Guerra Mundial.
Dezembro, 14 – Assassinato de Sidónio Pais.
Dezembro, 19 – Criada a Secção Especial da Cheka, o braço externo dos serviços secretos bolcheviques russos. Os serviços franceses (“Segundo Gabinete”) existem desde 1871, os britânicos (MI6) desde 1914, e a criptografia americana (MI8) desde 1917. A Polícia Preventiva, da República Portuguesa, data do final de 1917.

1919:
Janeiro, 10-13 – Revolta de Santarém; tentativa falhada de golpe da “República Velha”.
Janeiro, 18 – Início das negociações para o Tratado de Versalhes, em Paris.
Janeiro, 19 – Proclamação da Monarquia do Norte no Porto. Implantação da Junta Governativa do Reino, liderada por Paiva Couceiro. A adesão do Norte à causa monárquica é rápida, até à linha do Vouga.
Janeiro, 22 – Paiva Couceiro deixa o Porto à frente de uma coluna armada com intenção de tomar Coimbra.
Janeiro, 22 – Tomada de Monsanto; revolta monárquica em Lisboa.
Janeiro, 22 – Paiva Couceiro ocupa Ovar.
Janeiro, 24 – Escalada de Monsanto; contra-ataque vitorioso (liderado por António Machado Santos, o Herói da Rotunda, ilustre Carbonário) das forças republicanas aniquila aspirações monárquicas em Lisboa.
Janeiro, 24 – Paiva Couceiro toma Estarreja.
Janeiro, 26 – Queda do Governo republicano de Tamagnini Barbosa.
Janeiro, 27 – As tropas monárquicas são travadas na Batalha das Barreiras (Águeda), mas (ponto de divergência) a intervenção relâmpago de uma coluna monárquica originária de Guarda/Covilhã, instigada por Francisco Rolão Preto (personagem histórica) e integrada pelos efectivos que haviam conseguido fugir do fiasco de Lisboa (ficcional) numa marcha forçada pela Serra da Estrela, impede a vitória republicana. Esta acção ficaria conhecida por “A Marcha dos Elefantes”.
Janeiro, 28 – Apesar da vitória, Paiva Couceiro reconhece que esticou demais as suas linhas de abastecimento e o cansaço dos seus homens e retrocede para Albergaria-a-Velha.
Fevereiro, 4 – Escaramuças assentam grosseiramente numa linha Aveiro-Albergaria-Viseu-Covilhã, ao longo da qual se constroem fortificações e trincheiras enquanto ambos os lados recuperam o fôlego e se reagrupam.
Fevereiro, 13 – Os representantes da Monarquia do Norte nas zonas fronteiriças são presos pelas autoridades monárquicas espanholas, a pedido do governo de Lisboa (nomeadamente António Sardinha em Badajoz) (facto histórico).
Fevereiro, 16 – Apesar de lograrem extinguir alguns dos focos republicanos ainda a Norte, a situação torna-se insustentável, com notícia de fortes preparativos militares do Sul. O “Paladino” envia uma mensagem urgente a El Rei D Manuel II, que continua até aqui irredutível na condenação da conduta insurrecta. “Teremos Rei, mesmo que outro Rei”, escreve Paiva Couceiro, ameaçando veladamente apoiar o ramo Legitimista. A mensagem é confiada ao primeiro agente do recém-criado Serviço de Informações da Monarquia, conhecido apenas como A Repartição, que, apesar do bloqueio naval republicano, se introduz em alto mar num vapor inglês que retorna do serviço de correio de Gibraltar.
Fevereiro, 18 – O cientista russo IlyaIlyich Mechnikov (personagem histórica), em visita de trabalho ao Instituto Pasteur do Porto desde o início do ano (ficção), coloca os seus préstimos ao serviço da Junta Governativa do Reino. Atendendo à sua grande experiência no apoio bélico do Instituto Pasteur de Paris durante a I Guerra Mundial (facto histórico), a oferta é prontamente aceite.
Fevereiro, 22 – A resposta Real chega, codificada, por TSF (telefonia sem fios). El’Rei aceita voltar, mas teme ser impedido pela hesitação dos ingleses. A Repartição coloca entretanto em prática um plano para a fuga do monarca.
Fevereiro, 24 – Mechnikov vistoria com Paiva Couceiro as defesas da Monarquia na Linha do Vouga. Na Covilhã é rechaçada uma primeira grande ofensiva republicana.
Fevereiro, 25 – D Manuel II desembarca na Corunha, beneficiando dos contactos monárquicos que sempre apoiaram as incursões idas da Galiza. O plano d’A Repartição é exactamente o inverso de fazer o monarca passar despercebido. A comitiva avança pelo interior, e a notícia espalha-se depressa.
Fevereiro, 27 – As ordens do governo espanhol para deter o monarca português, de quem surgem por todo o lado relatos da sua passagem, a maioria obrigatoriamente fantasiosos, e a agressividade das tropas que lhe tentam descortinar o esconderijo, saldam-se num rastilho que faz explodir o nacionalismo galego. Desnorteadas com a reacção, uma demonstração em Santiago de Compostela despoletada pela prisão de um sósia de D Manuel II na cidade resulta num banho-de-sangue. O verdadeiro monarca embarca novamente no Cabo Finisterra.
Março, 1 – Quando El´Rei desembarca em Vigo, já a Galiza declarou a sua união à Monarquia do Norte, com diversos focos de combates.
Março, 3 – Perante as notícias da entrada iminente de El´Rei em território português, acentuam-se mais ainda os combates na Linha do Vouga, com várias ofensivas republicanas. A linha de defesa monárquica resiste, muito à conta das contramedidas implementadas à ordem de Mechnikov.
Março, 6 – Fundação da Comintern, a Internacional Comunista.
Março, 8 – Entrada triunfal de D Manuel II no Porto. Pelo caminho, a Repartição frustra duas tentativas de assassinato montadas pela sua congénere republicana, a Polícia Preventiva. À entrada da Sé, é recebido pelo padre-guerrilheiro Domingos Pereira.
Março, 11 – Temporariamente aliviados do bloqueio de armas, comida e matérias-primas pela união da Galiza, a Monarquia do Norte está no entanto condenada a definhar. Para piorar, perante a recusa de D Manuel II, pressionado pelos seus conselheiros, de renegar o apoio da Galiza, a Espanha proclama oficialmente guerra à Monarquia do Norte.
Março, 12 – Mechnikov apresenta a produção de biocombustível com base numa nova estirpe de leveduras, que ele baptiza como Saccharomyces monarchica, e que tornarão a Monarquia menos vulnerável ao bloqueio naval republicano. A governação real aprova os seus planos e é dada a ordem para iniciar imediatamente a laboração.
Março, 26 – O Porto é afectado pela segunda vaga da epidemia de Gripe Espanhola (histórico), pior pela acumulação de gente sem as devidas condições sanitárias. A Rainha Augusta Vitória liderou a assistência médica, até ela própria cair vítima da doença e morrer.
Maio, 1 – Termina finalmente a época das chuvas. O Porto é uma azáfama. A Primavera veio para ficar. Está lançada em pleno a Guerra Civil Winepunk
Junho, 12 – Sucessivos assaltos de tropas republicanas ao longo do Vouga, todos rechaçados, que terminam com o motim das tropas sitiantes pelo elevado número de baixas atingido. A República demorará a ter capacidade de montar tamanha campanha sob risco do sul do país aderir à Monarquia.
Junho, 23 – Tentativa espanhola de tomar Bragança (Batalha do Bottelon), gorada pela acção conjunta de forças portuguesas vindas da cidade e de milícias galegas ocultadas pela Serra de Eixe, onde Paiva Couceiro se volta a notabilizar, sendo ferido. Durante todo o Verão, a resistência galega procura consolidar a linha de fronteira montanhosa, enquanto as forças armadas espanholas intentam várias incursões.
Julho, 3 – Começa a construção das Reais Oficinas de Armamento, nos arredores do Porto. Adstrito ao complexo, começam a ser construído o Real Instituto de Ciências Aplicadas.
Setembro, 11 – Início da Revolta da Catalunha, depois de confrontos sangrentos em frente ao monumento a Rafael Casanova, em Barcelona. Jornais estrangeiros passam a apelidar a guerra na península por “Caldeirão Ibérico”.
Outubro – A Revolta da Catalunha, vendo impossível uma acção armada em larga escala, degenera num movimento de guerrilha. Entretanto, nas cordilheiras da fronteira galega cria-se, com apoio da Monarquia do Norte, uma segunda linha de fortes e trincheiras.
Novembro, 9 – A incapacidade dos comandos, militar e político, espanhóis, que somam revés atrás de revés, levam a um golpe de Estado protagonizado pelo General Primo de Rivera, rapidamente sancionado pelo Rei Afonso XIII com o estabelecimento de uma ditadura (histórico, mas antecipado 2 anos).

1920:
Janeiro, 7 – Agora pressionado em três frentes (Galiza, Catalunha e Marrocos), a ditadura espanhola contrata o alemão Hugo Stoltzenberg, especialista em armas químicas (histórico, mas antecipado 1 ano) para a frente ocidental, incluindo a colaboração com a frente republicana portuguesa (na realidade foi para Marrocos).
Janeiro, 19 – As celebrações do primeiro aniversário da Monarquia do Norte são assombradas por rumores de que a Espanha prepara desembarques militares ao longo da costa galega. No entanto, são inauguradas as Reais Oficinas de Armamento, com o desfile dos primeiros protótipos de mecha (desenhos de Mechnikov).
Janeiro, 28 – Formação da Legião Estrangeira Espanhola (Tercio de Extranjeros) em Marrocos, e começa a ofensiva contra os berberes.
Fevereiro, 11 – Morre, em Paris, a actriz Gaby Deslys, antiga paixão de D Manuel II. Ao receber a notícia, El-Rei fica profundamente perturbado. Os conselheiros não o conseguem demover de concretizar uma viagem aos Estados Unidos, em busca de apoio financeiro.
Fevereiro, 15 – Duas frotas navais espanholas são açoitadas por membros da novel Real Aeronáutica Naval, com canhoneiras acopladas a dirigíveis de pequenas dimensões concebidas por um engenheiro português (Batalha dos Carapaus). A ocupação é abortada.
Fevereiro, 17 – Com a notícia das novas façanhas militares, D Manuel II desembarca nos Estados Unidos da América, com pompa e circunstância. A imprensa americana toma o seu partido, principalmente pela animosidade que ainda persiste pela Guerra Hispano-Americana de 1989 (histórico). Na sua estadia desperta o interesse de vários industriais e cientistas.
Março, 5 – D. Manuel II volta ao Norte, com várias promessas de apoio americano e a companhia de Mary Pickford e Thomas Townsend Brown.
Março, 18 – O Posto Antropométrico de Lisboa é transformado no Gabinete Biométrico de Lisboa, dando apoio à Polícia Preventiva e desenvolvendo o seu trabalho de investigação na área da antropometria e da manipulação de características humanas.
Abril, 21 – Casamento real de D. Manuel II e Mary Pickford (agora conhecida como Rainha Maria III de Portugal).
Julho, 14 – Thomas Townsend Brown começa a desenvolver o seu conceito do efeito Biefeld-Brown (histórico, mas antecipado 1 ano) nas Reais Oficinas de Armamento.
Agosto, 23 – Ofensiva conjunta luso-espanhola em três frentes, com a utilização de novas armas químicas que provocam demência, consegue alguns ganhos no norte da Galiza, quase domina a Guarda, e conquista Albergaria-a-Velha para aliviar a republicana Aveiro, que entretanto se tornara uma cidade de contrabandistas.
Setembro, 10 – Contra-ofensiva da Monarquia aliviando a Guarda e reconquistando Albergaria-a-Velha. O norte da Galiza mantém-se ocupado, com Lugo sob fogo e Santiago de Compostela pressionada.
Outubro, 19 – Os radicais republicanos assumem o poder, prometendo acabar rapidamente com a Guerra Civil.
Outubro, 31 – Primeiros relatos de ataques de pelotões republicanos de antropo-modificados às trincheiras monárquicas. A Covilhã capitula, mas a intervenção do Corpo Mechanizado, liderado pelo Capitão-Mor Júlio da Costa Pinto, garante a evacuação da população. Para suster o ataque, a artilharia pesada monárquica colocada na Serra da Estrela reduz a cidade a escombros.
Novembro, 10 – Perante a nova ofensiva que pressiona a Monarquia, e também perante a crescente boa relação de monárquicos e americanos, os ingleses parecem finalmente decidir-se e propõe ajudar a Monarquia do Norte invadindo o sector norte da Galiza detido pelos espanhóis, zona essa que ficariam posteriormente a governar. Nos bastidores, a Ordem de São Jorge, sociedade secreta de monárquica índole militar e científica, muito próxima da Repartição, tenta garantir que El-Rei não aceite essa oferta.

1921:
Abril, 5 – Baptismo de fogo do cruzador aéreo Vasco da Gama, com engenho Biefield-Brown funcionante, contra uma esquadrilha de caças republicanos.
Julho, 22 – Derrota espanhola na Batalha de Anual, em Marrocos (histórico).
Agosto, 29 – Espanhóis rodeados em Melila (histórico). Assinam rendição e enviam a Legião para combater a Monarquia do Norte.

1922:
Abril, 23 – Dia de São Jorge. Cerimónias de consagração do país a São Jorge, deixando Nossa Senhora de ser a padroeira, e rainha, de Portugal (1646). Fim do Reino da Traulitânia .

3000:
Primavera (final de Abril início de Maio) -  Investigador inglês discute as várias teorias, na forma epistolar via bionet,  sobre o que terá provocado a catástrofe que ditou o fim da Monarquia do Norte. Na linha onde se encontrava Vila Nova de Gaia, sobram promontórios, cujo conjunto é designado A Fronteira. Teorias sobre a erosão da crosta devido a suspensões coloidais de vapores vínicos e mesmo a possibilidade de ter sido o resultado de um teste militar que correu mal são exploradas. Mas permanece o mistério sobre o que terá acontecido. No mar jaz uma Atlantis Ibérica, o que restou da Monarquia do Norte.

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